segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

O Ser Professor

O blog O Ser Professor é resultado da mais pura indignação com o estado atual da educação no Estado de São Paulo. Indignação que antes era só uma rebeldia, porém como diria Paulo Freire a simples rebeldia não gera a mudança.

O blog é uma ação que não acaba em si mesma, mas que deve ser coerente com a atuação do Ser professor respeitando seus alunos e sua profissão. A gota d’água para esse despertar foi a defesa intransigente do sindicato dos professores do Estado de São Paulo da anulação do processo seletivo para os professores temporários, que consistiu em uma simples avaliação de 25 questões objetivas sobre conteúdos e métodos teoricamente utilizados em sala de aula.

Mesmo com toda simplicidade da prova o resultado foi catastrófico e escancarou professores mal preparados e que se perpetuam na rede somente devido ao tempo de serviço e que quando foram submetidos a prova ficaram no final da classificação.

A prova possibilitaria um Raio-X dos professores que estão dentro das escolas e a forma pioneira e (que já ocorre em vários municípios), um pouco mais justa de atribuição de aulas. A classificação computaria (prova + títulos + tempo de serviço).

Porém percebendo a grande alteração que a seleção causou na classificação o sindicato em prol não do benefício da educação ou dos professores, mas em nome de seus associados entrou com liminar para a anulação da prova.

Essa atitude da cúpula do sindicato demonstra a total falta de respeito com os 214 mil inscritos, sendo que estes mais de 100 mil tentavam entrar na rede pela primeira vez. A mudança, pequena que ocorreria em nossas escolas esse ano não veio e continuaremos vendo o mais do mesmo.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Derrota da Educação em SP


Com a anulação da prova que classificaria os candidatos à docentes temporários da Rede Estadual de Ensino, cerca de 5 milhões de alunos saem perdendo, já que não ocorrerá a tão esperada renovação nas escolas. A prova possibilitaria que os professores recém formados, ou seja, atualizados e melhor preparados, conseguissem ingressar nas salas de aula desde o início do ano e assim desenvolver um trabalho de longo prazo. Porém com a anulação da prova o que permanece é o arcaico critério de tempo de serviço, que retira toda a possibilidade dos novos professores ingressarem na rede no início do ano letivo. Com essa decisão judicial apoiada pela APEOESP a educação de São Paulo continuará um mais do mesmo. Em suma, os profissionais mais bem capacitados, que estão se formando nas universidades, só conseguiram lecionar em agosto ou setembro, quando a velha guarda dos docentes pedem aos montes suas valiosas licenças. Dessa forma, uma proposta nova, com velhos professores, não resultará em nada. Necessitamos de docentes qualificados na rede paulista, todavia estes serão privados do direito de lecionar a partir das atribuições do dia 10/02 sufocados pela enxurrada dos professores que já estão aí à décadas e que não transformam as escolas, mas o fazem justamente o oposto. Mais do mesmo!